COMPROMISSO

Fico muito triste ao ver a falta de comprometimento de muitas pessoas que simplesmente "copiam", fatos e história de outros sites/blogs, sem nenhuma responsabilidade.
Não sou historiadora, sou uma "curiosa", mas isso não me impede de consultar, pesquisar e averiguar da melhor forma possível os dados que posto neste blog.
Tento ser o mais fiel possível á verdade e tudo que foi postado, independente de ser originário de uma revista, internet ou livro, foi pesquisado... Inclusive por isso há uma demora de novas postagens...
Não tenho interesse de colocar qualquer coisa para fazer volume... tenho um compromisso com o meu conhecimento, e mais do que um simples blog que une gastronomia e história, faço deste um depósito de conhecimento.
Deixem opiniões, críticas, sugestões e conhecimento...
Obrigada

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A

Abafar: técnica usada para cozinhar um alimento praticamente nos seus próprios sucos. Unte a panela, coloque dentro os alimentos, tampe muito bem e deixe cozinhar em fogo brando, de modo que "transpirem" e cozinhem nos líquidos que eles soltam.

Abóbora: nas regiões Norte e Nordeste do país é conhecida como jerimum e no Sul como moranga. A flor da abóbora, conhecida como cambuquira, é comestível.

Abocado: termo espanhol que indica vinhos ligeiramente doces.

Absinto ou Losna: erva que é usada como aromatizante, na preparação de certos licores (vermutes). Não é recomendada sua utilização contínua ou em excesso.

Absinto Russo: o mesmo que Estragão.

Absorção: as substâncias são sorvidas umas das outras.

Acaçá: é um creme feito à base de leite e farinha de arroz, que é servido como acompanhamento para alguns pratos típicos como o vatapá e o bobó de camarão.

Açafrão: de origem mediterrânea, é utilizado para dar cor amarelo-ouro a determinados pratos, como paellas, molhos, farofas, dobradinhas, carne de carneiro, sopas e risotos.

Açafrão-da-Terra ou Cúrcuma: é uma raiz aromática de sabor ligeiramente amargo, ideal para dar uma tonalidade amarela em diversos pratos. Muito utilizada em pratos da cozinha baiana, indiana e asiática.

Açaí: fruto pequeno, redondo, de cor violeta. De sua polpa obtém-se o famoso "vinho de açaí", bebida popular na Amazônia e de grande valor nutritivo. A fruta é consumida pura ou tem a sua polpa misturada à farinha de mandioca, tapioca, ao peixe assado ou ao camarão seco. É muito usada ainda em sobremesas, sucos, vinhos, licores e sorvetes.

Acamar: sobrepor os alimentos (termo português).

Aceto: o mesmo que vinagre (termo italiano).

Aceto balsamico: vinagre preparado com uvas maduras e envelhecido em barris de carvalho. Usado para temperar carnes, aves, peixes e em molhos (termo italiano).

Acidificar: juntar algum ácido, como vinagre ou suco de limão a um líquido, normalmente água.

Açúcar: encontra-se de vários tipos. Comum: é o açúcar granulado comumente usado; cristal: apresenta-se sob a forma de cristais brancos ou coloridos, usados para recobrir docinhos e bolos; mascavo: é o açúcar não refinado, marrom-escuro, adoça menos, mas contém mais sais minerais; de confeiteiro: em pó finíssimo, usado para coberturas e glacês; baunilha: é uma espécie de açúcar cristal, um pouco mais fino e aromatizado com baunilha e usado em preparos que requeiram esta essência, mas aos quais não se pode juntar líquidos; açúcar em torrão: em forma de torrão, embrulhado em papel. Usado para adoçar chá ou café.

Açúcar invertido: um açúcar simples, uma mistura de glicose e levulose, por exemplo, mel.

Açucarar: colocar cobertura de açúcar de confeiteiro ou outra cobertura; "ice" também se refere a certos tipos de sobremesas geladas.

À doré: indica o alimento empanado e frito.

Aferventar: submeter o alimento a uma rápida fervura, sem deixar que cozinhe.

Aguê: tofu cortado em pedaços ou tiras e frito em óleo bem quente (culinária japonesa).

Aipim: o mesmo que mandioca ou macaxeira.

Aipo: hortaliça de sabor marcante cujas folhas são utilizadas para temperar caldos ou sopas e seu talo pode ser consumido cru em saladas ou cozido em ensopados. Na Grécia antiga, era considerado sagrado e foi utilizado em emblemas de nobres.

Aipo Marrom: aromatiza o sal. Principalmente usado em pratos com ovos, aves, sucos de tomate, saladas de batata, atum e cozidos com carnes e vegetais.

Aji-no-moto: glutamato monossódico (tempero japonês).

A’ la’ carte: francês – “de acordo com o cardápio” .

A’ la’ mode: “na moda”, significa uma certa maneira de servir um prato, por exemplo, torta ou assado.

Albahaca: o mesmo que manjericão (termo espanhol).

Albume: o principal componente da clara de ovo.

Al dente: termo italiano que define o ponto de cozimento de massas, cereais (arroz) e hortaliças quando estas oferecem alguma resistência ao serem mordidas, apesar de estarem cozidas.

Alcaparra: é o botão da flor de um arbusto nativo do Oriente, da região mediterrânea, hoje cultivado em muitas regiões quentes. De sabor acentuado, são utilizados em molhos, carnes, saladas, conserva de vinagre ou na salmoura e guarnições.

Alcarávia: o mesmo que cominho-armênio, kümmel ou cominho de pão.

Alecrim ou Rosmarinho: com aroma forte e gosto adocicado e acentuado, o alecrim enriquece o sabor de sopas, carnes, aves, peixes, patês de fígado, saladas, molhos, ovos, mexidos, omeletes, ensopados e grelhados. Pode ser encontrado seco ou fresco. Nas carnes deve ser esfregado na superfície e, em aves, também por dentro.

Aletria: o mesmo que macarrão cabelo-de-anjo (termo indiano).

Alfavaca ou Basilicão: erva cujas folhas são usadas como tempero em diversos pratos da cozinha italiana, saladas, tomates, ovos, queijos, peixes, milho, massas, molhos e como aromatizador de vinagres. A alfavaca tem um sabor adocicado e é muito parecida com o manjericão, embora suas folhas sejam mais graúdas. Origem brasileira.

Alheira: embutido de origem portuguesa, preparado em geral com frango, coelho, porco e uma pasta de pão e alho.

Alho: empregado como condimento para todos os tipos de pratos. Membro aromático e forte da família da cebola. A quantidade utilizada depende do gosto individual. Excelente em molho de tomate, carne, peixe, aves, pão de alho. É comum ser utilizado em combinação com a cebola. EQUIVALÊNCIA: 1/8 de colher de chá de alho em pó ou granulado corresponde a aproximadamente 1 dente de alho.

Alho-poró: é uma hortaliça com sabor muito semelhante ao da cebola. Utiliza-se tanto o bulbo (parte mais branca) quanto as folhas. De sabor suave e levemente adocicado, é empregado em sopas, saladas, ensopados e quiches.

Allspice: o mesmo que pimenta da jamaica (termo inglês).

Alourar: fritar o alimento, deixando-o dourado (termo português).

Alume: produto químico usado para tornar o picles crocante.

Amarrar: ligar ou prender junto.

Amassar: trabalhar a massa com um movimento de bater, espichar, dobrar e redobrar a massa em si mesma.

Ambariss : nome árabe das bolinhas de coalhada seca conservadas em óleo ou azeite.

Amêijoa: nome dado, em Portugal, a moluscos semelhantes ao vôngole e muito comuns nas águas do Atlântico e do Mediterrâneo.

Amido de milho: o amido refinado do milho, usado para engrossar pudins.

À milanesa: alimento passado no ovo e em farinha de rosca e frito em gordura quente.

Amora-do-mato: fruta nativa brasileira predominante das regiões Sudeste e Centro-Oeste. De sabor doce e ligeiramente ácido, cresce em cachos e é geralmente consumida ao natural ou usada em suco, geléia, doce em calda ou compota. Conhecida também como moranguinho.

Anchova: um peixe pequeno, tipo arenque, geralmente enlatado em óleo bem temperado.

Aneto, Dill ou Endro: erva utilizada como aromatizador de licores, xaropes e vinagres. Como condimento em picles, molhos para pratos de peixe ou camarão, sopas e cremes, vinagre aromatizado, salada de batatas, molhos a base de maionese e iogurte, pães de ervas. É um tempero de cor verde brilhante, com aroma refrescante e sabor delicado. Pode ser encontrado fresco ou seco. Originário da Índia.

Angu: prato, que segundo estudiosos, teria origem africana. O mais comum é à base de milho, parecido com uma polenta mole. Também pode denominar um purê de farinha de milho ou mandioca misturada com água ou leite e sal. Pode-se ainda prepará-lo como acompanhamento, quando a farinha é misturada ao caldo de peixe, de camarão ou de carne. Na tradicional culinária de Minas Gerais/Brasil, é preparado sem sal, herança dos tempos coloniais, quando o produto era caro e raro.

Antepasto (antipasti): são os pratos servidos como entrada ou aperitivo, antes da refeição principal (termo italiano).

Ao ponto: o alimento que chegou ao ponto de cozimento. Referindo-se à carne, indica que está entre o bem-passado e o mal-passado.

Aoyagui (tipo de marisco desconhecido no Brasil): são de concha fina, abaulada, de cerca de 8 centímetros, castanho-amarelada. Geralmente, são vendidos na concha, mas o ligamento que une a carne à concha é vendido separadamente por preços muito altos. A carne é usada em sashimi ou como ingrediente em pratos avinagrados (sunomono) e sushi.

Apurar: reduzir um líquido através da ebulição até que chegue ao ponto ideal.

Aquecer: deixar em fogo brando até que o alimento esteja quente.

Árak : típica bebida alcoólica árabe, destilada da tâmara ou da uva e aromatizada com aniz e outras especiarias. É consumida antes, durante e depois das refeições.

Aratu: crustáceo comum no litoral brasileiro, principalmente nas regiões nordeste e sudeste, que lembra o siri, com patas avermelhadas e casco escuro. É muito usado em moquecas e ensopados.

Arrepiar: esfregar um peixe com sal no sentido contrário ao das escamas (termo português).

Arroz italiano ou arbóreo: é uma variedade de arroz italiano, tradicionalmente utilizado para se preparar risotos, pois, após cozido, sua consistência fica tenra, "al dente" e cremosa, não se dissolve. De grão duro e consistente.

Arroz parboilizado: é um arroz processado em vapor de alta pressão. O grão cozido fica macio sem perder os nutrientes.

Asari (berbigão ou vôngole): são mariscos com conchas abauladas de cerca de 4 centímetros, acinzentadas e malhadas ou pitadas. São usados em missô-shiru, dentro das próprias conchinhas, ou cozidos no saquê. Fora das conchas, são usados no nutá (um acompanhamento de mariscos com wakame, cebolinha verde e molho de missô e vinagre), zossui (um mingau de arroz e legumes) e no nabemono (pratos preparados à mesa).

Assa-fétida: Planta da família das umbelíferas, de cheiro nauseante (Ferula assafaetida), muito utilizada na culinária vegetariana.

Assar: expor o alimento ao calor até ficar cozido e tostado. Cozinhar através de calor indireto, geralmente num forno.

Assar às cegas: assar uma massa de torta sem recheio. Faça pregas nas bordas a gosto. Com um garfo faça marcas em intervalos de 2,3 cm. Asse em forno pré-aquecido a 220ºc por 10 a 12 minutos ou até dourar. Deixe esfriar antes de colocar o recheio.

Assado de panela: cozinhar um pedaço grande de carne refogando ou guisando.

Aspic: uma gelatina extremamente aromática feita de caldo de vegetais ou carne e à qual se mistura vegetais ou carnes.

Au jus: o molho natural da carne assada (termo francês).

Azedinha: utilizada na cozinha egípcia e muito consumida pelos faraós. Existem dois tipos de azedinha comestíveis: a francesa e a jardim. Podem ser consumidas cruas, em saladas, ou cozidas, em refogados, sopas e peixes.

Azeite-de-dendê: é o óleo extraído dos frutos da palmeira. É ingrediente indispensável na culinária baiana. O mais correto seria chamá-lo de óleo.

Azeite doce: expressão usada em muitas receitas brasileiras para o azeite de oliva da mais pura origem portuguesa.

ORIGEM DO QUEIJO E DERIVADOS

Queijo
Apreciado desde a pré-história, o queijo é um dos alimentos mais ricos e saborosos jamais fabricados pelo Homem. Os Nómadas encontravam nele uma segura fonte de nutrientes; Gregos e Romanos deram-lhe lugar de destaque; na Europa medieval foram desenvolvidos métodos de fabrico e formas de conservação. Hoje, são conhecidas mais de 400 espécies de queijo.
O queijo primitivo era apenas o leite coagulado, desprovido de soro e salgado. É provável que os primeiros queijos tenham sido bastante ácidos e salgados, similares em textura ao rústico queijo cottage ou feta.  A partir da Idade Média, a fabricação de queijos finos ficaria restrita aos mosteiros católicos, com novas receitas desenvolvidas por seus monges (Ao longo dos séculos, os Mosteiros Medievais desenvolveram as técnicas de transformação de leite em queijo. Algumas ordens religiosas ganharam fama devido à qualidade dos seus queijos, fruto das rígidas regras de higiene a que obedecia a sua confecção. Os monges mostraram aos camponeses como manter os animais saudáveis, ensinaram-lhes a conservar o leite e a curar o queijo).
A riqueza nutritiva do queijo e o seu sabor forte deram-lhe a preferência dos homens, ainda na era neolítica. O leite, produto que dá origem ao queijo, surgiu como o primeiro alimento do homem, e há mais de 10 mil anos os animais passaram a ser ordenhados.  A descoberta da ordenha foi fundamental para a obtenção de um alimento que pudesse viajar com as tribos nómadas. Mas mesmo assim o leite estragava-se com facilidade.
Exitem teorias sobre a origem dos queijos, as mais utilizadas, referem-se a uma faixa longa de tempo, entre 8.000 a.C ( data provável da domesticação de ovelhas pelos homens primitivos ) e 3.000 a.C.. Provavelmente surgiram na Ásia, e/ou Oriente Médio e/ou na Europa.  
Na antiguidade, a mitologia grega afirmava que deve-se a Aristeu, um dos filhos de Apolo, a descoberta do queijo. A Odisséia de Homero (século VIII a.C.) descreve o Ciclope fazendo e armazenando queijo do leite de ovelha e cabra. A tradução de Samuel Butler: “Nós logo alcançamos sua caverna, mas ele estava fora cuidando das ovelhas, então entramos e fizemos um levantamento de tudo que pudéssemos ver. Sua prateleira estava lotada com queijos, e ele tinha mais cordeiros e cabritos que seus currais podiam conter…Quando ele terminou, sentou-se e ordenhou suas ovelhas e cabras, tudo em seu devido tempo e, em seguida, levou cada uma delas para junto de suas crias. Ele coalhou metade do leite e colocou-o de lado em peneiras de vime.”
Mas a versão mais aceita pelos historiadores é a do mercador árabe, que, cansado e faminto após atravessar um deserto asiático, tentou beber o leite de cabra que levava em seu cantil feito de estômago seco de carneiro. Mas o que saiu do cantil foi apenas um líquido aguado e fino. Curioso com o fato, abriu o cantil e encontrou uma massa branca, que hoje sabemos que é a coagulação do  leite causada pelo coalho existente no estômago do carneiro. O viajante faminto experimentou e, claro, gostou. A lenda tem muitas variações individuais.
Os egípcios tiveram no leite e no queijo um importante alimento, podendo ser encontrados, inclusive, em tumbas de seus reis. A data mais antiga da existência da fabricação de queijo vem de pinturas encontradas numa tumba egípcia, de cerca de 2.000 a.C.
O queijo era muito apreciado pelos gregos e  romanos, isto pode ser verificado, através de registros da época, explicando sobre os tipos de queijos, a qualidade e a região aonde eram produzidos.
O comércio do queijo surgiu em Roma, com o mercadorias vindo de províncias e outras regiões fora de suas fronteiras. Roma importava queijo de locais tão distantes como a Suiça e a Sabóia, tendo introduzido, provavelmente através dos seus soldados, o fabrico do queijo em todos os recantos do Império, incluindo a Lusitânia. Chamavam o queijo de caseus . Não por acaso, a proteína de maior proporção encontrada no leite, chama-se caseína. Quando os romanos começaram a produzir queijos duros para o suprimento de seus legionários, uma nova palavra começou a ser usada: formaticum, do caseus formatus, ou queijo moldado. Foi desta palavra que originou o termo francês fromage, italiano formaggio, catalão formatge, bretão fourmaj e provençal furmo. O romano Columelo, apreciador da boa mesa, noticia o fabrico do queijo num tratado de gastronomia datado do séc. I a.C. Por esta altura, tinha sido descoberta a prensa, que permitia obter queijos de pasta comprimida.
Até a sua propagação moderna juntamente com a cultura européia, o queijo era quase desconhecido das culturas orientais, inexistente nas Américas pré-colombianas e de uso apenas limitado na África submediterrânea, sendo generalizado e popular apenas na Europa e nas áreas fortemente influenciadas por suas culturas. Mas, com a disseminação, inicialmente através do imperialismo europeu, e mais tarde da cultura e alimentação euro-americanas, o queijo tem aos poucos tornado-se conhecido e cada vez mais popular em todo o mundo, embora ainda raramente sendo considerado parte das cozinhas étnicas locais fora da Europa, do Oriente Médio e das Américas.
Um provérbio francês diz que há um tipo diferente de queijo francês para cada um dos dias do ano, e Charles de Gaulle uma vez perguntou: "como você pode governar um país no qual existem 246 tipos de queijo?" Ainda assim, o avanço da arte da produção do queijo na Europa foi lenta durante os séculos que se seguiram à queda do Império Romano. Grande parcela dos queijos mundialmente conhecidos,  tiveram seus processos e nomes, registrados no fim da Idade Média ou mesmo depois , tais como o Queijo cheddar, próximo de 1500; o Queijo Parmesão,  no ano de 1597; o Queijo Gouda,  no ano de 1697; e Queijo Camembert em 1791.
A primeira unidade industrial a produzir o queijo em escala comercial, ficava na Suiça e iniciou suas atividades no ano de 1815, ao final da Era Napoleônica. No entanto, a primeira fábrica e desenvolver a produção de queijos em grande escala, sem que ocorressem paradas na linha de produção, nem falta de matéria prima, situava-se nos Estados Unidos da América. Jesse Willians é apontado como o produtor que em 1851, começou a utilizar o leite de propriedades próximas ao seu laticínio, para produzir queijo de forma contínua. Este fato incentivou o aparecimento de várias associações de produtores (  cooperativas e grupos privados ), que entendendo a importância vital da logística (  tanto para a obtenção de matérias primas, como para escoar a produção ), conseguiam através das associações, manter o volume desejado de leite, para produzir e manter a qualidade desejada, pois sabiam dos problemas da  baixa durabilidade dos queijos produzidos. A refrigeração comercial ainda engatinhava, e grande parte dos queijos consumidos era frescal ou pouco maturada.
Na metade do século XIX, ocorrem diversos desenvolvimentos no processo, que possibilitaram uma padronização mais uniforme do produto final, como a produção de coalho de forma industrial por algumas empresas, e o aparecimento das primeiras culturas starter ( culturas microbianas puras ). No decorrer do século XX, a produção industrial de queijo superou a artesanal. Atualmente, ocorre uma globalização das marcas. Em alguns lugares do Brasil, encontram-se os mesmos quejos produzidos na Europa, importados ou fabricados localmente por empresas multinacionais . Temos aqui no país o  queijo frescal mineiro, o requeijão, dentre outros.  Dos mais recentes, o queijo de coalho no formato de espetinho e o provolone fatiado desidratado, consumido como aperitivo.
Manteiga
Apesar de ser um dos alimentos mais corriqueiros, não se conhece a origem de manteiga. Presume-se que, juntamente com a coalhada, tenha surgido ainda na pré-história, quando o homem aprendeu a criar o gado. Os nomes em português (Manteiga) e em espanhol (Manteca) parecem derivar do sânscrito - manthaga - e foram introduzidos na Península Ibérica pelos celtas. Como alimento, apesar de pobre em proteínas, é valiosa porque é rica em vitamina A e encerra, ainda, bom teor de cálcio, fósforo e vitamina D.  A manteiga é formada pelo creme do leite , que passa por várias etapas até se transformar no creme gorduroso amarelado na forma como a conhecemos.
Creme de leite
O creme de leite existe desde que o homem começou a tirar leite da vaca. Porém, antes do processo de industrialização, era necessário deixar o leite em um recipiente e esperar que a nata se formasse por cima, para que então fosse retirada e só assim usada em receitas tanto doces quanto salgadas. Após a industrialização dessa atividade, a nata passou a ser separada do leite pelo processo de centrifugação, homogeneização, pasteurização e resfriamento.
A Inglaterra é famosa por suas receitas com creme de leite, além de lá ele poder ser comprado de várias formas, como o creme azedo. Nos Estados Unidos a preferência é pelas versões light.
Aqui no Brasil o creme de leite fresco pode ser encontrado em lata, garrafas plásticas ou embalagens longa-vida. Em versões tradicional, light e própria para bater chantilly.

Fonte: Internet / Wikipédia

"DAR UMA BANANA"

O ato de erguer o punho direito cerrado com força, apontando o cotovelo de um jeito meio brusco, tem sido cada vez mais preterido em vez dos pesados palavrões usados no dia a dia. Acredita-se que a expressão "dar uma banana" não só surgiu depois, como foi inspirada no gesto ofensivo e vulgar. O acréscimo da fruta ( com conotação fálica)*, no entanto, aconteceu apenas em território brasileiro. Em Portugal, sua terra natal, o gesto é apresentado de diferentes expressões: "fazer as armas de santo Antônio", "manguito"** ou "dar manguito"** - no país europeu, a referência às armas da Ordem Terceira de São Francisco, em que figuravam dois braços cruzados, tem a mesma intenção de xingamento. 


- Texto Extraído da Revista "Aventuras na História" Ed. 84 Jul/2010


Dicionário da Alê


* Conotação Fálica
Na realidade, fiquei horas pesquisado essa expressão, e tive que recorrer à minha professora Particular de Português Sassá...Realmente fiquei me sentindo bem "inculta", para não usar palavra pior, se era tão óbvio (para não ter descrição no dicionário), realmente eu estava perdida... aí vai a tradução para aqueles que como eu não conheciam essa "expressão" Aí vai o significado de CONOTAÇÃO FÁLICA:
co.no.ta.ção feminino (plural: conotações) Um significado que é sugerido,implicado, em oposição à denotação, ou definição literal. É uma característica de palavras ou frases, ou do contexto em que as palavras ou frases são usadas. 
A conotação de dizer: "ela é uma vaca" é que ela é fisicamente feia ou moralmente repreensível,  e não que ela é a fêmea de um bovino.
.li.co relativo ao falo, representação do membro viril masculino.
Logo, conotação fálica é uma sugestão erótica, que implica o órgão sexual masculino.

**manguito (mango + -ito)
1- Infrm. Gesto realizado com os dois braços, cruzando-se um sobre o outro, mantendo-se um deles na vertical, e que serve para ofender alguém.
4. Infrm. Gesto feito com os dedos, geralmente considerado obsceno e usado para ofender alguém. 

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

"A PREÇO DE BANANA"

Usamos a frase "a preço de banana" quando encontramos um artigo com preço baixo , mas tão baixo que nem dá vontade de pechinchar. Essa expressão  remonta ao descobrimento do Brasil: ao chegar aqui, os portugueses encontraram bananeiras produzindo naturalmente sem que fosse necessário plantá-las.
Durante a colonização, era comum encontrar a fruta em propriedades agrícolas e quintais, pelo simples motivo de que as bananeiras são plantas de fácil cultivo em climas quentes e úmidos. A Abundância fez com que a fruta não atingisse altos valores comerciais, e assim a banana virou sinônimo de produto barato.

- Texto extraído da Revista "Aventuras na História" Ed. 75 Out/2009

CROISSANT

Ninguém sabe ao certo, mas a história em que a maioria acredita conta que o pão foi criado por padeiros austríacos, em 1686, na guerra com a Turquia. Na frente de batalha, durante a noite, enquanto trabalhavam, um grupo de padeiros ouviu os turcos cavando um túnel embaixo da cozinha do acampamento para pegar os austríacos de surpresa. O alarme dos padeiros, conseguiu barrar o ataque à capital Budapeste, o que levou à derrota os turcos. Para comemorar a vitória, os padeiros criaram um pão no formato de uma lua crescente (croissant, em francês), que é o desenho estampado na bandeira turca. No início, sua massa era mais pesada, semelhante à de um pão comum. 
Alguns pesquisadores atribuem sua invenção ao comerciante vienense de origem polaca Franz Georg Kolchitsky que vivia em Constantinopla. Esse homem conheceu o café nessa cidade em 1475 e, com cerca de 500 sacas do produto abandonadas pelos Turcos após derrota em batalha, abriu um "café" onde passou a servir a bebida. Aí, para acompanhar o café, inventou esse pão em formato de crescente.
Maria Antonieta (última Rainha da França), nasceu em Viena (Áustria) quando casou com o Luis Augusto de bourbon, futuro Luis XVI, Rei da França, ainda adolescente, levou a iguaria, que era uma das suas preferidas, ao País.
O primeiro relato conhecido data de 1853 em um Livro escrito pelo Francês Anselme Payen.


Fonte: Revista Aventuras na História, Ed. 32 abr/2006 / Wikipédia / Internet 

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

COCA II

Depois da fama como possível desentupidor de pia, a Coca-Cola estréia nova função: pesticida. Agricultores da Índia estão pulverizando o refrigerante na lavoura de algodão. Custa quatro vezes menos que agrotóxicos, e funciona. Especialistas acham que o segredo está no açúcar, atrativo para as formigas que comem as larvas daninhas. Quem optou pela Pepsi garante: Também é tiro e queda.

- Texto extraído da revista "Super Interessante" ed.207 Dez/04

COCA I

Plágio???
Uma pesquisa publicada na revista inglesa Ancestors (especializada em árvores genealógicas), revelou um registro, de 1379, de uma garota nascida em Yorkshire com um nome estranhamente familiar: Diot Coke!!
Provavelmente o primeiro nome foi uma derivação de Dionísia,  (nome bem popular na época), e o sobrenome uma variação de Cook.

Fonte: Revista aventuras na História Ed. 11 Jul/ 2004 / Internet

"ENCHER LINGUIÇA"

Quando falamos ou escrevemos coisas sem importância, apenas para ocupar mais tempo ou espaço, dizemos que estamos "enchendo linguiça". De acordo com o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, essa expressão derivou de um sentido figurado.
Sua origem está no processo de fabricação de linguiças, que são feitas com diferentes tipos de carnes. Esse material é processado, unido a temperos, condimentos e  gordura e depois misturado até formar uma massa uniforme. Terminado esse processo, é hora de encher linguiça, ou seja, de colocar esse material dentro das tripas até que elas fiquem com o aspecto do alimento. Hoje em dia, o controle é mais rigoroso, mas houve um tempo em que qualquer resto de carne e gordura servia. Daí a origem da expressão

- Texto extraído da revista "Aventuras na História" ed. 63 Out/08

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

"PAU DE VIRAR TRIPA"

Usada para descrever pessoas altas e magras, a frase surgiu de uma associação desse tipo físico com o utensílio usado para virar a tripa ao contrário, com o objetivo de fazer sua limpeza. Quando esse processo acaba, ela é recheada até se tornar linguiça.
Os paus de virar tripa chegaram ao Brasil no fim do séc. 19, pelas mãos dos imigrantes alemães e italianos, que trouxeram de sua pátria o costume de comer alimentos embutidos. Nesse período, existiam apenas as tripas naturais, que eram retiradas do trato intestinal de suínos, bovinos e ovinos. Depois de extraídas, elas eram limpas em água corrente e viradas ao contrário com a ajuda de pedaços compridos de madeira - normalmente, galhos finos e compridos de marmeleiro.

- Texto extraído da revista "Aventuras na História" Ed. 63 Out/08

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

"DE MEIA-TIGELA"

Durante toda a monarquia portuguesa, as pessoas que prestavam serviços domésticos à corte obedeciam uma hierarquia. Competia a cada um - oficiais, camareiros, pajens e criados - obrigações maiores ou menores, conforme o foro aristocrático. Como era costume na época, os empregados se alimentavam no local de trabalho e a porção de alimento a que tinham direito era proporcional à função que exerciam , de acordo com o que figurava no Livro da Cozinha del Rei, prescita pelo "veador" (Veador, ou antes viador, do latim via, caminho ou estrada, era um antigo título honorífico em Portugal e no Brasil que se dava ao oficial-mor da casa real que servia junto à rainha ou a imperatriz no paço ou fora dele; camarista da rainha. Este título era destinado obrigatoriamente à cidadãos nobres ou que fossem provenientes de famílias nobres), supervisor do mordomo-mor. O tempo de serviço também contava na hora de distribuir a ração. Os recém chegados à corte, além de não terem direito a moradia, recebiam pouca comida, e isso era motivo de piada entre os funcionários que já moravam no Paço Real. Como estavam longe de ocupar posições importantes, os novatos eram chamados de "fidalgos de meia-tigela". A expressão atravessou alguns séculos e continua sendo usada para designar algo sem valor, mixuruca. 


- Texto da revista "Aventuras na História" Ed. 20 Abr/2005

"VÁ PLANTAR BATATAS"

Alguém o atormentou o dia todo? mande a pessoa plantar batatas que ela o deixará em paz. Mas o que os pobres tubérculos tem a ver com isso?? A expressão de origem portuguesa, começou a ser usada no Séc. 15, época em que a navegação e a pesca do bacalhau ganharam força em Portugal. A agricultura , que fornecia os alimentos básicos, era vítima de um certo desdém, principalmente a batata, tida como um alimento vulgar - quem se dedicasse a plantá-la se sujeitava a uma atividade desqualificada.
Mais tarde, nos países que participaram da Revolução Industrial, ser operário dava mais status do que ser lavrador. Com a decadência das pequenas indústrias, trabalhadores qualificados, recém-desempregados, eram aconselhados a plantar batatas.
O tubérculo também é protagonista da expressão "é batata". Usado para designar algo simples de se fazer ou algo que certamente irá acontecer, o ditado surgiu como referência à facilidade em cultivar a batata nos mais diferentes locais.

- Texto extraído da Revista "Aventuras na História" Ed. 25 Set/2005

PRETO E FORTE

O rei Gustavo III da Suécia, adorava a ciência na proporção em que odiava café. No final do século 18, decidido a provar que a bebida era um veneno, resolveu fazer um teste: um condenado tomaria uma botija de café todos os dia enquanto outro beberia chá. Durante anos, o médico real monitorou a saúde dos dois. O resultado, porém, teria surpreendido o rei, se ele tivesse tido a chance: Gustavo morreu em 1792. Meses depois, morreu o médico. Mais alguns anos e foi a vez do condenado a tomar chá. Por último, doze anos depois, morreu o bebedor de café.

BEBIDA QUE SALVA

A czarina Catarina II, no final do século 18, misturava vodka com chá e traçava junto com um omelete de caviar - tudo no desjejum. Um Século depois, a czarina Alexandra Feodorovna encaminhou 5 mil garrafas de cerveja doadas por um fornecedor inglês a um hospital russo; talvez venha daí a expressão "às vezes, beber pode ser o melhor remédio"

- texto extraído da rEvista "Aventuras na História" Ed. 78 Jan/2010

BATALHA NA COZINHA

Batalha na cozinha

Líbano acusa Israel de se apropriar de pratos típicos de sua culinária e reivindica a propriedade intelectual sobre eles


Após décadas de invasões, ocupações e guerras, Líbano e Israel travam uma nova batalha. Dessa vez, no entanto, o motivo da peleja está na cozinha. O presidente da Associação das Indústrias do Líbano, Fadi Abboud, acusa Israel de se apropriar de 25 pratos que fazem parte da culinária de seu país, como o faláfel, o homus e o babaghanouj, integrá-los à cozinha judaica e comercializá- los como se fossem seus. Para evitar isso, Abboud requer a propriedade intelectual desses pratos e está disposto a brigar juridicamente. “Não basta roubarem nossas terras, estão roubando nossa cozinha”, acusa. Israel não se manifestou.
Na prática, o dirigente quer garantir ao Líbano a exclusividade de uso dos nomes. O bolinho de grão-debico, por exemplo, só poderia chamar faláfel se feito em território libanês. Dessa forma, quem o comercializasse fora com esse nome, estaria sujeito a uma ação judicial por “falsa indicação de proveniência”. “Ele pretende fazer essa reserva para tornar os pratos mais nobres, estimular o comércio e proteger seus produtores”, explica o advogado especialista em propriedade intelectual José d’Affonseca Gusmão. Para isso, Abboud prepara documentação para requerer esse direito na Organização Mundial do Comércio. Sua maior dificuldade será provar a origem dos pratos – afinal, todas as iguarias são comuns à cultura árabe.
A iniciativa é polêmica. Proprietário do restaurante Sírio Libanês, no Rio de Janeiro, Jawad Ghavi está certo de que os israelenses aprenderam a comer faláfel e homus com os árabes.
“Os judeus que se mudaram da Europa para o Oriente Médio, por conta da criação de Israel, levaram uma culinária mais adocicada, diferente desses pratos”, diz. Olinda Isper, de origem libanesa e dona do Tenda do Nilo, em São Paulo, confirma que a discussão é antiga. “O tabule é libanês, o homus pode até ser, mas garanto que o faláfel não é”, afirma. Andréa Kauffman, chef do judaico AK Delicatessen, em São Paulo, acha natural Israel cozinhar esses pratos. “Somos da mesma terra e o que há em uma cultura aparece na outra”, diz. Uma discussão, no mínimo, saborosa.
Outras disputas:
Açaí: O brasil conquistou a patente da fruta após embate com o Japão, que já havia registrado anteriormente o alimento.
FetaSó a Grécia pode fabricar o queijo. O país conquistou o direito de exclusividade na produção do produto sobre a Dinamarca e a Alemanha.
ChampanheA França é o único país que pode produzir espumantes com o nome Champanhe.
Reportagem extraída da Revista Isto É nº 2035 de 05/11/2008 Escrita por Claudia Jordão

"O POMO DA DISCÓRDIA"

A raiz desta expressão está na Mitologia Grega, segundo a qual, Éris – A Deusa da Discórdia – foi a única a não ser convidada para o Casamento de Tétis e Peleu. Por isso, decidiu ir à cerimônia para vingar-se. Jogou sobre a mesa da cerimônia uma maça de ouro (o Pomo) com a inscrição “Á mais bela”. O presente provocou a discórdia entre Hera, Atena e Afrodite: as três reclamaram o título. A decisão coube à Paris e a escolhida foi Afrodite, que prometeu a ele a mais bela das mulheres como esposa. Tal mulher era Helena, esposa de Menelau, rei de Esparta. Helena fugiria com Paris para Tróia, provocando a lendária guerra entre gregos e troianos.
- Texto extraído da Revista Aventuras na História ed. 16 12/2004
É impressionante... olha a maça provocando aí de novo...

"ABRE-TE, SÉSAMO!"

A frase mágica usada por Ali-Babá em As Mil e Uma Noites era a a senha para que a porta do seu esconderijo se abrisse automaticamente. Mais do que o mistério de como essa espécie de controle remoto das arábias funcionava, a frase guarda outro segredo: o Que é Sésamo??? Na verdade, a expressão "Abre-te sésamo", é uma metáfora que significa "abre-te como um sésamo se abre". O sésamo em questão é, no português de Portugal, o gergelim, planta que se abre devagar liberando suas sementes (aquelas que vem em cima do Big Mac). Assim, o que Ali dizia ao chegar em casa era: "Abre-se gergelim". a confusão acontece no Brasil, porque as traduções da História que chegaram aqui, no séc. 19, estavam em português europeu. E, de lá pra cá, ninguém se lembrou de perguntar: afinal, quem é esse tal de "Sésamo"?

- Texto Extraído da Revista "Aventuras na História" Ed. 21 Maio/2005