COMPROMISSO

Fico muito triste ao ver a falta de comprometimento de muitas pessoas que simplesmente "copiam", fatos e história de outros sites/blogs, sem nenhuma responsabilidade.
Não sou historiadora, sou uma "curiosa", mas isso não me impede de consultar, pesquisar e averiguar da melhor forma possível os dados que posto neste blog.
Tento ser o mais fiel possível á verdade e tudo que foi postado, independente de ser originário de uma revista, internet ou livro, foi pesquisado... Inclusive por isso há uma demora de novas postagens...
Não tenho interesse de colocar qualquer coisa para fazer volume... tenho um compromisso com o meu conhecimento, e mais do que um simples blog que une gastronomia e história, faço deste um depósito de conhecimento.
Deixem opiniões, críticas, sugestões e conhecimento...
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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

"DE MEIA-TIGELA"

Durante toda a monarquia portuguesa, as pessoas que prestavam serviços domésticos à corte obedeciam uma hierarquia. Competia a cada um - oficiais, camareiros, pajens e criados - obrigações maiores ou menores, conforme o foro aristocrático. Como era costume na época, os empregados se alimentavam no local de trabalho e a porção de alimento a que tinham direito era proporcional à função que exerciam , de acordo com o que figurava no Livro da Cozinha del Rei, prescita pelo "veador" (Veador, ou antes viador, do latim via, caminho ou estrada, era um antigo título honorífico em Portugal e no Brasil que se dava ao oficial-mor da casa real que servia junto à rainha ou a imperatriz no paço ou fora dele; camarista da rainha. Este título era destinado obrigatoriamente à cidadãos nobres ou que fossem provenientes de famílias nobres), supervisor do mordomo-mor. O tempo de serviço também contava na hora de distribuir a ração. Os recém chegados à corte, além de não terem direito a moradia, recebiam pouca comida, e isso era motivo de piada entre os funcionários que já moravam no Paço Real. Como estavam longe de ocupar posições importantes, os novatos eram chamados de "fidalgos de meia-tigela". A expressão atravessou alguns séculos e continua sendo usada para designar algo sem valor, mixuruca. 


- Texto da revista "Aventuras na História" Ed. 20 Abr/2005

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