COMPROMISSO

Fico muito triste ao ver a falta de comprometimento de muitas pessoas que simplesmente "copiam", fatos e história de outros sites/blogs, sem nenhuma responsabilidade.
Não sou historiadora, sou uma "curiosa", mas isso não me impede de consultar, pesquisar e averiguar da melhor forma possível os dados que posto neste blog.
Tento ser o mais fiel possível á verdade e tudo que foi postado, independente de ser originário de uma revista, internet ou livro, foi pesquisado... Inclusive por isso há uma demora de novas postagens...
Não tenho interesse de colocar qualquer coisa para fazer volume... tenho um compromisso com o meu conhecimento, e mais do que um simples blog que une gastronomia e história, faço deste um depósito de conhecimento.
Deixem opiniões, críticas, sugestões e conhecimento...
Obrigada

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A HISTÓRIA DO GARFO

O garfo já era conhecido em 600 a.C. Os primeiros garfos possuiam apenas dois dentes de pontas afiadas e até a idade média, só eram usados para servir comida.
Até ao século XI praticamente toda a gente comia com as mãos. Nessa altura, o grau de finesse media-se pela quantidade de dedos que se usavam para levar os alimentos à boca, e assim foi. A partir dos tempos romanos, as pessoas de boa criação não sujavam nunca o dedo anular nem o mindinho,socorriam-se apenas de três dedinhos...
 “Que os plebeus metam a mão. Nós, nobres, tocaremos os manjares somente com três dedos... Assim!”
Registra-se a chegada do garfo na Europa, em Veneza, em meados do século XI. A princesa Teodora, filha de Constantino VIII (Imperador do Oriente), que veio de Constantinopla para casar com o Doge (do latim DUX “chefe”, o doge era o dirigente máximo) de Veneza Domenico Selvo trouxe um garfo de ouro com dois dentes, que usava para espetar alimentos.
Este primeiro garfo da história causou a maior polêmica... Ao chegar a Veneza, foi considerado pecaminoso pela Igreja Católica. Muitas pessoas o consideravam demoníaco por sua forma lembrar o "forcado" (Com o qual o Diabo aparece na iconografia clássica). Criticavam igualmente a função do garfo. Afirmavam que o alimento, dádiva de Deus, devia ser levado à boca diretamente pelas mãos do homem, sem a intermediação de utensílios.
Os Padres diziam que só os dedos humanos, criados por Deus, são dignos de tocar os alimentos e que os filhos de Deus não precisavam de nenhum garfo.
São Pedro Damião (1007-72) não teve nenhuma piedade da pobre princesa Teodora , que usava garfo e cercava-se de refinamento, tentando tornar mais gentis as maneiras do Ocidente: "Não tocava os acepipes com as mãos, mas fazia com que os eunucos lhe cortassem os alimentos em pequenos pedaços. Depois mal os saboreava, levando-os à boca com garfos de ouro de dois dentes.” A morte terrível da jovem mulher, cujas carnes gangrenaram lentamente, foi vista como uma justa punição divina para tão grande pecado. Ele inclusive escreveu um panfleto com o título "Da esposa do doge veneziano, cujo corpo, por sua delicadeza excessiva, apodreceu inteiramente e se desfez".
E o garfo continuou proibido. Durante mais cem anos, este utensílio se manteve como uma novidade escandalosa. Em Veneza, em um banquete, uma mulher nobre comeu com um garfo fabricado segundo seu próprio desenho. Atraiu a ira dos clérigos presentes. A mulher morreu poucos dias depois, provavelmente por causa de uma epidemia reinante na cidade. Mas os clérigos difundiram outra versão: “Castigo divino por seu excessivo refinamento ao comer!”
O garfo é descoberto oficialmente pelo restaurante La Tour D` Argent, e introduzido na Europa a partir do século XV, na Itália..
Pouco depois a população dessa cosmopolita cidade da época assimilou o garfo. Esse costume se espalhou para Milão e Florença e daí para o resto da Europa. O talher já era bem conhecido na Itália do século XV.
No século XVI, os italianos passaram a utilizá-los na mesa, mas com dentes menores, para diferenciá-lo dos garfos de cozinha. A cozinha era o lugar dos serviçais, que comiam com a mão, e não dos nobres...
Foram muitas as tentativas de se introduzir o talher nas mesas aristocráticas... Em Paris, a novidade também chegou no enxoval de uma mulher. No século 16, o garfo ainda não era mais que uma curiosidade italiana, decorativa e custosa (pois normalmente era feito de prata ou ouro), Catarina de Médici, italiana, ao casar com o futuro rei da França, Henrique II, chegou ao país do noivo com o talher completo. O garfo já era de uso corrente na Itália, porém na França, as pessoas o receberam com frieza. A população o considerava uma sofisticação desnecessária e os cozinheiros diziam que seu metal interferia no sabor dos alimentos.
Henrique III, filho de Catarina de Médici atrapalhou a introdução do garfo na França... ele, que se tornou apóstolo do garfo, vivia cercado de rapazes bonitos e se interessava pouco por mulheres sua iniciativa foi recusada no país sob a suspeita de ser “afeminada”, logo, os homens que o usavam eram apelidados de afeminados. Henrique III introduziu o garfo individual (antes disso os garfos eram divididos entre as pessoas).
Este protótipo, considerado inicialmente uma heresia, foi, pouco a pouco, sendo adotado por membros da nobreza e do clero.
Mas esse hábito demorou a convencer a população em geral: somente por volta de 1620 é que o espeto com dois dentes chegou à mesa do povo!
O garfo era absolutamente desnecessário enquanto as mãos e facas pontiagudas cumpriam a função de levar o alimento à boca; a necessidade já estava sendo atendida. Entretanto, o desejo pela distinção social levou à utilização dos garfos na mesa.
Os garfos se mantinham como algo tão estanho que um popular manual de etiqueta julgou necessário dar este conselho: “Não tente comer a sopa com um garfo”.
No século 17, Thomas Coryat, famoso viajante inglês, surpreendeu-se ao descobrir o garfo na Itália. Em Londres, até aquela época, ainda se comia com as mãos.
Somente no século 18 o uso do garfo se generalizou na Europa. A nobreza francesa, em seu afã de distinguir-se dos revolucionários que pregavam a igualdade de classe, incrementou seu uso.
O garfo converteu-se, desde então, em símbolo de luxo e categoria. Até os padres começaram a usá-lo e defendê-lo. O garfo, antes excomungado, agora estava permitido. E o que era proibido agora era tocar a comida, mesmo que fosse com três dedos. 
Em Portugal o uso começou em 1836 com a Rainha Maria II, filha de Dom Pedro I do Brasil, quando seu esposo Fernando II de Portugal (Fernando de Saxe-Coburgo-Gota) a convenceu a usar o novo talher. Entre sua introdução na Europa e o final do século XVII surgiu o terceiro dente. Outros registros indicam que talher completo só se popularizou no restante da Europa no início do século 19. Isso ocorreu graças à revolução dos napolitanos, ou melhor, dos fios do espaguete, que acrescentou o quarto dente ao garfo. Ele teria surgido na segunda metade do século XVII para atender ao Rei Fernando II das Duas Sicílias (Fernando de Bourbon), o qual não gostava dos fios longos de espaguete escorregarem nos garfos de três dentes
No século XIX, a sofisticação da burguesia era tamanha, que os jogos de talheres incluíam dezenas de peças especializadas, dentre as quais, haviam pelo menos quatro garfos diferentes. Nem todas as peças especializadas eram mais úteis, mas seu uso num jantar demarcava o status social dos anfitriões.
No Oriente eles são substituídos pelos pauzinhos que seus inventores, os chineses, chamam de kuai-tzu, enquanto os japoneses preferem denominá-los de hashi.

BIBLIOGRAFÍA
Charles Panati, Las cosas nuestras de cada día, Círculo de Lectores, Barcelona, 1990.
Frugoni, Chiara. Invenções da Idade Média, óculos, livros, bancos, botões e outras inovações geniais. Ed. Jorge Zahar, 2007.
Carson I.A. Ritchie, Comida e Civilização, Ed. Assírio & Alvim, 1995
Fonte : Wikipédia.
Fonte: internet.


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A

Abafar: técnica usada para cozinhar um alimento praticamente nos seus próprios sucos. Unte a panela, coloque dentro os alimentos, tampe muito bem e deixe cozinhar em fogo brando, de modo que "transpirem" e cozinhem nos líquidos que eles soltam.

Abóbora: nas regiões Norte e Nordeste do país é conhecida como jerimum e no Sul como moranga. A flor da abóbora, conhecida como cambuquira, é comestível.

Abocado: termo espanhol que indica vinhos ligeiramente doces.

Absinto ou Losna: erva que é usada como aromatizante, na preparação de certos licores (vermutes). Não é recomendada sua utilização contínua ou em excesso.

Absinto Russo: o mesmo que Estragão.

Absorção: as substâncias são sorvidas umas das outras.

Acaçá: é um creme feito à base de leite e farinha de arroz, que é servido como acompanhamento para alguns pratos típicos como o vatapá e o bobó de camarão.

Açafrão: de origem mediterrânea, é utilizado para dar cor amarelo-ouro a determinados pratos, como paellas, molhos, farofas, dobradinhas, carne de carneiro, sopas e risotos.

Açafrão-da-Terra ou Cúrcuma: é uma raiz aromática de sabor ligeiramente amargo, ideal para dar uma tonalidade amarela em diversos pratos. Muito utilizada em pratos da cozinha baiana, indiana e asiática.

Açaí: fruto pequeno, redondo, de cor violeta. De sua polpa obtém-se o famoso "vinho de açaí", bebida popular na Amazônia e de grande valor nutritivo. A fruta é consumida pura ou tem a sua polpa misturada à farinha de mandioca, tapioca, ao peixe assado ou ao camarão seco. É muito usada ainda em sobremesas, sucos, vinhos, licores e sorvetes.

Acamar: sobrepor os alimentos (termo português).

Aceto: o mesmo que vinagre (termo italiano).

Aceto balsamico: vinagre preparado com uvas maduras e envelhecido em barris de carvalho. Usado para temperar carnes, aves, peixes e em molhos (termo italiano).

Acidificar: juntar algum ácido, como vinagre ou suco de limão a um líquido, normalmente água.

Açúcar: encontra-se de vários tipos. Comum: é o açúcar granulado comumente usado; cristal: apresenta-se sob a forma de cristais brancos ou coloridos, usados para recobrir docinhos e bolos; mascavo: é o açúcar não refinado, marrom-escuro, adoça menos, mas contém mais sais minerais; de confeiteiro: em pó finíssimo, usado para coberturas e glacês; baunilha: é uma espécie de açúcar cristal, um pouco mais fino e aromatizado com baunilha e usado em preparos que requeiram esta essência, mas aos quais não se pode juntar líquidos; açúcar em torrão: em forma de torrão, embrulhado em papel. Usado para adoçar chá ou café.

Açúcar invertido: um açúcar simples, uma mistura de glicose e levulose, por exemplo, mel.

Açucarar: colocar cobertura de açúcar de confeiteiro ou outra cobertura; "ice" também se refere a certos tipos de sobremesas geladas.

À doré: indica o alimento empanado e frito.

Aferventar: submeter o alimento a uma rápida fervura, sem deixar que cozinhe.

Aguê: tofu cortado em pedaços ou tiras e frito em óleo bem quente (culinária japonesa).

Aipim: o mesmo que mandioca ou macaxeira.

Aipo: hortaliça de sabor marcante cujas folhas são utilizadas para temperar caldos ou sopas e seu talo pode ser consumido cru em saladas ou cozido em ensopados. Na Grécia antiga, era considerado sagrado e foi utilizado em emblemas de nobres.

Aipo Marrom: aromatiza o sal. Principalmente usado em pratos com ovos, aves, sucos de tomate, saladas de batata, atum e cozidos com carnes e vegetais.

Aji-no-moto: glutamato monossódico (tempero japonês).

A’ la’ carte: francês – “de acordo com o cardápio” .

A’ la’ mode: “na moda”, significa uma certa maneira de servir um prato, por exemplo, torta ou assado.

Albahaca: o mesmo que manjericão (termo espanhol).

Albume: o principal componente da clara de ovo.

Al dente: termo italiano que define o ponto de cozimento de massas, cereais (arroz) e hortaliças quando estas oferecem alguma resistência ao serem mordidas, apesar de estarem cozidas.

Alcaparra: é o botão da flor de um arbusto nativo do Oriente, da região mediterrânea, hoje cultivado em muitas regiões quentes. De sabor acentuado, são utilizados em molhos, carnes, saladas, conserva de vinagre ou na salmoura e guarnições.

Alcarávia: o mesmo que cominho-armênio, kümmel ou cominho de pão.

Alecrim ou Rosmarinho: com aroma forte e gosto adocicado e acentuado, o alecrim enriquece o sabor de sopas, carnes, aves, peixes, patês de fígado, saladas, molhos, ovos, mexidos, omeletes, ensopados e grelhados. Pode ser encontrado seco ou fresco. Nas carnes deve ser esfregado na superfície e, em aves, também por dentro.

Aletria: o mesmo que macarrão cabelo-de-anjo (termo indiano).

Alfavaca ou Basilicão: erva cujas folhas são usadas como tempero em diversos pratos da cozinha italiana, saladas, tomates, ovos, queijos, peixes, milho, massas, molhos e como aromatizador de vinagres. A alfavaca tem um sabor adocicado e é muito parecida com o manjericão, embora suas folhas sejam mais graúdas. Origem brasileira.

Alheira: embutido de origem portuguesa, preparado em geral com frango, coelho, porco e uma pasta de pão e alho.

Alho: empregado como condimento para todos os tipos de pratos. Membro aromático e forte da família da cebola. A quantidade utilizada depende do gosto individual. Excelente em molho de tomate, carne, peixe, aves, pão de alho. É comum ser utilizado em combinação com a cebola. EQUIVALÊNCIA: 1/8 de colher de chá de alho em pó ou granulado corresponde a aproximadamente 1 dente de alho.

Alho-poró: é uma hortaliça com sabor muito semelhante ao da cebola. Utiliza-se tanto o bulbo (parte mais branca) quanto as folhas. De sabor suave e levemente adocicado, é empregado em sopas, saladas, ensopados e quiches.

Allspice: o mesmo que pimenta da jamaica (termo inglês).

Alourar: fritar o alimento, deixando-o dourado (termo português).

Alume: produto químico usado para tornar o picles crocante.

Amarrar: ligar ou prender junto.

Amassar: trabalhar a massa com um movimento de bater, espichar, dobrar e redobrar a massa em si mesma.

Ambariss : nome árabe das bolinhas de coalhada seca conservadas em óleo ou azeite.

Amêijoa: nome dado, em Portugal, a moluscos semelhantes ao vôngole e muito comuns nas águas do Atlântico e do Mediterrâneo.

Amido de milho: o amido refinado do milho, usado para engrossar pudins.

À milanesa: alimento passado no ovo e em farinha de rosca e frito em gordura quente.

Amora-do-mato: fruta nativa brasileira predominante das regiões Sudeste e Centro-Oeste. De sabor doce e ligeiramente ácido, cresce em cachos e é geralmente consumida ao natural ou usada em suco, geléia, doce em calda ou compota. Conhecida também como moranguinho.

Anchova: um peixe pequeno, tipo arenque, geralmente enlatado em óleo bem temperado.

Aneto, Dill ou Endro: erva utilizada como aromatizador de licores, xaropes e vinagres. Como condimento em picles, molhos para pratos de peixe ou camarão, sopas e cremes, vinagre aromatizado, salada de batatas, molhos a base de maionese e iogurte, pães de ervas. É um tempero de cor verde brilhante, com aroma refrescante e sabor delicado. Pode ser encontrado fresco ou seco. Originário da Índia.

Angu: prato, que segundo estudiosos, teria origem africana. O mais comum é à base de milho, parecido com uma polenta mole. Também pode denominar um purê de farinha de milho ou mandioca misturada com água ou leite e sal. Pode-se ainda prepará-lo como acompanhamento, quando a farinha é misturada ao caldo de peixe, de camarão ou de carne. Na tradicional culinária de Minas Gerais/Brasil, é preparado sem sal, herança dos tempos coloniais, quando o produto era caro e raro.

Antepasto (antipasti): são os pratos servidos como entrada ou aperitivo, antes da refeição principal (termo italiano).

Ao ponto: o alimento que chegou ao ponto de cozimento. Referindo-se à carne, indica que está entre o bem-passado e o mal-passado.

Aoyagui (tipo de marisco desconhecido no Brasil): são de concha fina, abaulada, de cerca de 8 centímetros, castanho-amarelada. Geralmente, são vendidos na concha, mas o ligamento que une a carne à concha é vendido separadamente por preços muito altos. A carne é usada em sashimi ou como ingrediente em pratos avinagrados (sunomono) e sushi.

Apurar: reduzir um líquido através da ebulição até que chegue ao ponto ideal.

Aquecer: deixar em fogo brando até que o alimento esteja quente.

Árak : típica bebida alcoólica árabe, destilada da tâmara ou da uva e aromatizada com aniz e outras especiarias. É consumida antes, durante e depois das refeições.

Aratu: crustáceo comum no litoral brasileiro, principalmente nas regiões nordeste e sudeste, que lembra o siri, com patas avermelhadas e casco escuro. É muito usado em moquecas e ensopados.

Arrepiar: esfregar um peixe com sal no sentido contrário ao das escamas (termo português).

Arroz italiano ou arbóreo: é uma variedade de arroz italiano, tradicionalmente utilizado para se preparar risotos, pois, após cozido, sua consistência fica tenra, "al dente" e cremosa, não se dissolve. De grão duro e consistente.

Arroz parboilizado: é um arroz processado em vapor de alta pressão. O grão cozido fica macio sem perder os nutrientes.

Asari (berbigão ou vôngole): são mariscos com conchas abauladas de cerca de 4 centímetros, acinzentadas e malhadas ou pitadas. São usados em missô-shiru, dentro das próprias conchinhas, ou cozidos no saquê. Fora das conchas, são usados no nutá (um acompanhamento de mariscos com wakame, cebolinha verde e molho de missô e vinagre), zossui (um mingau de arroz e legumes) e no nabemono (pratos preparados à mesa).

Assa-fétida: Planta da família das umbelíferas, de cheiro nauseante (Ferula assafaetida), muito utilizada na culinária vegetariana.

Assar: expor o alimento ao calor até ficar cozido e tostado. Cozinhar através de calor indireto, geralmente num forno.

Assar às cegas: assar uma massa de torta sem recheio. Faça pregas nas bordas a gosto. Com um garfo faça marcas em intervalos de 2,3 cm. Asse em forno pré-aquecido a 220ºc por 10 a 12 minutos ou até dourar. Deixe esfriar antes de colocar o recheio.

Assado de panela: cozinhar um pedaço grande de carne refogando ou guisando.

Aspic: uma gelatina extremamente aromática feita de caldo de vegetais ou carne e à qual se mistura vegetais ou carnes.

Au jus: o molho natural da carne assada (termo francês).

Azedinha: utilizada na cozinha egípcia e muito consumida pelos faraós. Existem dois tipos de azedinha comestíveis: a francesa e a jardim. Podem ser consumidas cruas, em saladas, ou cozidas, em refogados, sopas e peixes.

Azeite-de-dendê: é o óleo extraído dos frutos da palmeira. É ingrediente indispensável na culinária baiana. O mais correto seria chamá-lo de óleo.

Azeite doce: expressão usada em muitas receitas brasileiras para o azeite de oliva da mais pura origem portuguesa.

ORIGEM DO QUEIJO E DERIVADOS

Queijo
Apreciado desde a pré-história, o queijo é um dos alimentos mais ricos e saborosos jamais fabricados pelo Homem. Os Nómadas encontravam nele uma segura fonte de nutrientes; Gregos e Romanos deram-lhe lugar de destaque; na Europa medieval foram desenvolvidos métodos de fabrico e formas de conservação. Hoje, são conhecidas mais de 400 espécies de queijo.
O queijo primitivo era apenas o leite coagulado, desprovido de soro e salgado. É provável que os primeiros queijos tenham sido bastante ácidos e salgados, similares em textura ao rústico queijo cottage ou feta.  A partir da Idade Média, a fabricação de queijos finos ficaria restrita aos mosteiros católicos, com novas receitas desenvolvidas por seus monges (Ao longo dos séculos, os Mosteiros Medievais desenvolveram as técnicas de transformação de leite em queijo. Algumas ordens religiosas ganharam fama devido à qualidade dos seus queijos, fruto das rígidas regras de higiene a que obedecia a sua confecção. Os monges mostraram aos camponeses como manter os animais saudáveis, ensinaram-lhes a conservar o leite e a curar o queijo).
A riqueza nutritiva do queijo e o seu sabor forte deram-lhe a preferência dos homens, ainda na era neolítica. O leite, produto que dá origem ao queijo, surgiu como o primeiro alimento do homem, e há mais de 10 mil anos os animais passaram a ser ordenhados.  A descoberta da ordenha foi fundamental para a obtenção de um alimento que pudesse viajar com as tribos nómadas. Mas mesmo assim o leite estragava-se com facilidade.
Exitem teorias sobre a origem dos queijos, as mais utilizadas, referem-se a uma faixa longa de tempo, entre 8.000 a.C ( data provável da domesticação de ovelhas pelos homens primitivos ) e 3.000 a.C.. Provavelmente surgiram na Ásia, e/ou Oriente Médio e/ou na Europa.  
Na antiguidade, a mitologia grega afirmava que deve-se a Aristeu, um dos filhos de Apolo, a descoberta do queijo. A Odisséia de Homero (século VIII a.C.) descreve o Ciclope fazendo e armazenando queijo do leite de ovelha e cabra. A tradução de Samuel Butler: “Nós logo alcançamos sua caverna, mas ele estava fora cuidando das ovelhas, então entramos e fizemos um levantamento de tudo que pudéssemos ver. Sua prateleira estava lotada com queijos, e ele tinha mais cordeiros e cabritos que seus currais podiam conter…Quando ele terminou, sentou-se e ordenhou suas ovelhas e cabras, tudo em seu devido tempo e, em seguida, levou cada uma delas para junto de suas crias. Ele coalhou metade do leite e colocou-o de lado em peneiras de vime.”
Mas a versão mais aceita pelos historiadores é a do mercador árabe, que, cansado e faminto após atravessar um deserto asiático, tentou beber o leite de cabra que levava em seu cantil feito de estômago seco de carneiro. Mas o que saiu do cantil foi apenas um líquido aguado e fino. Curioso com o fato, abriu o cantil e encontrou uma massa branca, que hoje sabemos que é a coagulação do  leite causada pelo coalho existente no estômago do carneiro. O viajante faminto experimentou e, claro, gostou. A lenda tem muitas variações individuais.
Os egípcios tiveram no leite e no queijo um importante alimento, podendo ser encontrados, inclusive, em tumbas de seus reis. A data mais antiga da existência da fabricação de queijo vem de pinturas encontradas numa tumba egípcia, de cerca de 2.000 a.C.
O queijo era muito apreciado pelos gregos e  romanos, isto pode ser verificado, através de registros da época, explicando sobre os tipos de queijos, a qualidade e a região aonde eram produzidos.
O comércio do queijo surgiu em Roma, com o mercadorias vindo de províncias e outras regiões fora de suas fronteiras. Roma importava queijo de locais tão distantes como a Suiça e a Sabóia, tendo introduzido, provavelmente através dos seus soldados, o fabrico do queijo em todos os recantos do Império, incluindo a Lusitânia. Chamavam o queijo de caseus . Não por acaso, a proteína de maior proporção encontrada no leite, chama-se caseína. Quando os romanos começaram a produzir queijos duros para o suprimento de seus legionários, uma nova palavra começou a ser usada: formaticum, do caseus formatus, ou queijo moldado. Foi desta palavra que originou o termo francês fromage, italiano formaggio, catalão formatge, bretão fourmaj e provençal furmo. O romano Columelo, apreciador da boa mesa, noticia o fabrico do queijo num tratado de gastronomia datado do séc. I a.C. Por esta altura, tinha sido descoberta a prensa, que permitia obter queijos de pasta comprimida.
Até a sua propagação moderna juntamente com a cultura européia, o queijo era quase desconhecido das culturas orientais, inexistente nas Américas pré-colombianas e de uso apenas limitado na África submediterrânea, sendo generalizado e popular apenas na Europa e nas áreas fortemente influenciadas por suas culturas. Mas, com a disseminação, inicialmente através do imperialismo europeu, e mais tarde da cultura e alimentação euro-americanas, o queijo tem aos poucos tornado-se conhecido e cada vez mais popular em todo o mundo, embora ainda raramente sendo considerado parte das cozinhas étnicas locais fora da Europa, do Oriente Médio e das Américas.
Um provérbio francês diz que há um tipo diferente de queijo francês para cada um dos dias do ano, e Charles de Gaulle uma vez perguntou: "como você pode governar um país no qual existem 246 tipos de queijo?" Ainda assim, o avanço da arte da produção do queijo na Europa foi lenta durante os séculos que se seguiram à queda do Império Romano. Grande parcela dos queijos mundialmente conhecidos,  tiveram seus processos e nomes, registrados no fim da Idade Média ou mesmo depois , tais como o Queijo cheddar, próximo de 1500; o Queijo Parmesão,  no ano de 1597; o Queijo Gouda,  no ano de 1697; e Queijo Camembert em 1791.
A primeira unidade industrial a produzir o queijo em escala comercial, ficava na Suiça e iniciou suas atividades no ano de 1815, ao final da Era Napoleônica. No entanto, a primeira fábrica e desenvolver a produção de queijos em grande escala, sem que ocorressem paradas na linha de produção, nem falta de matéria prima, situava-se nos Estados Unidos da América. Jesse Willians é apontado como o produtor que em 1851, começou a utilizar o leite de propriedades próximas ao seu laticínio, para produzir queijo de forma contínua. Este fato incentivou o aparecimento de várias associações de produtores (  cooperativas e grupos privados ), que entendendo a importância vital da logística (  tanto para a obtenção de matérias primas, como para escoar a produção ), conseguiam através das associações, manter o volume desejado de leite, para produzir e manter a qualidade desejada, pois sabiam dos problemas da  baixa durabilidade dos queijos produzidos. A refrigeração comercial ainda engatinhava, e grande parte dos queijos consumidos era frescal ou pouco maturada.
Na metade do século XIX, ocorrem diversos desenvolvimentos no processo, que possibilitaram uma padronização mais uniforme do produto final, como a produção de coalho de forma industrial por algumas empresas, e o aparecimento das primeiras culturas starter ( culturas microbianas puras ). No decorrer do século XX, a produção industrial de queijo superou a artesanal. Atualmente, ocorre uma globalização das marcas. Em alguns lugares do Brasil, encontram-se os mesmos quejos produzidos na Europa, importados ou fabricados localmente por empresas multinacionais . Temos aqui no país o  queijo frescal mineiro, o requeijão, dentre outros.  Dos mais recentes, o queijo de coalho no formato de espetinho e o provolone fatiado desidratado, consumido como aperitivo.
Manteiga
Apesar de ser um dos alimentos mais corriqueiros, não se conhece a origem de manteiga. Presume-se que, juntamente com a coalhada, tenha surgido ainda na pré-história, quando o homem aprendeu a criar o gado. Os nomes em português (Manteiga) e em espanhol (Manteca) parecem derivar do sânscrito - manthaga - e foram introduzidos na Península Ibérica pelos celtas. Como alimento, apesar de pobre em proteínas, é valiosa porque é rica em vitamina A e encerra, ainda, bom teor de cálcio, fósforo e vitamina D.  A manteiga é formada pelo creme do leite , que passa por várias etapas até se transformar no creme gorduroso amarelado na forma como a conhecemos.
Creme de leite
O creme de leite existe desde que o homem começou a tirar leite da vaca. Porém, antes do processo de industrialização, era necessário deixar o leite em um recipiente e esperar que a nata se formasse por cima, para que então fosse retirada e só assim usada em receitas tanto doces quanto salgadas. Após a industrialização dessa atividade, a nata passou a ser separada do leite pelo processo de centrifugação, homogeneização, pasteurização e resfriamento.
A Inglaterra é famosa por suas receitas com creme de leite, além de lá ele poder ser comprado de várias formas, como o creme azedo. Nos Estados Unidos a preferência é pelas versões light.
Aqui no Brasil o creme de leite fresco pode ser encontrado em lata, garrafas plásticas ou embalagens longa-vida. Em versões tradicional, light e própria para bater chantilly.

Fonte: Internet / Wikipédia

"DAR UMA BANANA"

O ato de erguer o punho direito cerrado com força, apontando o cotovelo de um jeito meio brusco, tem sido cada vez mais preterido em vez dos pesados palavrões usados no dia a dia. Acredita-se que a expressão "dar uma banana" não só surgiu depois, como foi inspirada no gesto ofensivo e vulgar. O acréscimo da fruta ( com conotação fálica)*, no entanto, aconteceu apenas em território brasileiro. Em Portugal, sua terra natal, o gesto é apresentado de diferentes expressões: "fazer as armas de santo Antônio", "manguito"** ou "dar manguito"** - no país europeu, a referência às armas da Ordem Terceira de São Francisco, em que figuravam dois braços cruzados, tem a mesma intenção de xingamento. 


- Texto Extraído da Revista "Aventuras na História" Ed. 84 Jul/2010


Dicionário da Alê


* Conotação Fálica
Na realidade, fiquei horas pesquisado essa expressão, e tive que recorrer à minha professora Particular de Português Sassá...Realmente fiquei me sentindo bem "inculta", para não usar palavra pior, se era tão óbvio (para não ter descrição no dicionário), realmente eu estava perdida... aí vai a tradução para aqueles que como eu não conheciam essa "expressão" Aí vai o significado de CONOTAÇÃO FÁLICA:
co.no.ta.ção feminino (plural: conotações) Um significado que é sugerido,implicado, em oposição à denotação, ou definição literal. É uma característica de palavras ou frases, ou do contexto em que as palavras ou frases são usadas. 
A conotação de dizer: "ela é uma vaca" é que ela é fisicamente feia ou moralmente repreensível,  e não que ela é a fêmea de um bovino.
.li.co relativo ao falo, representação do membro viril masculino.
Logo, conotação fálica é uma sugestão erótica, que implica o órgão sexual masculino.

**manguito (mango + -ito)
1- Infrm. Gesto realizado com os dois braços, cruzando-se um sobre o outro, mantendo-se um deles na vertical, e que serve para ofender alguém.
4. Infrm. Gesto feito com os dedos, geralmente considerado obsceno e usado para ofender alguém. 

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

"A PREÇO DE BANANA"

Usamos a frase "a preço de banana" quando encontramos um artigo com preço baixo , mas tão baixo que nem dá vontade de pechinchar. Essa expressão  remonta ao descobrimento do Brasil: ao chegar aqui, os portugueses encontraram bananeiras produzindo naturalmente sem que fosse necessário plantá-las.
Durante a colonização, era comum encontrar a fruta em propriedades agrícolas e quintais, pelo simples motivo de que as bananeiras são plantas de fácil cultivo em climas quentes e úmidos. A Abundância fez com que a fruta não atingisse altos valores comerciais, e assim a banana virou sinônimo de produto barato.

- Texto extraído da Revista "Aventuras na História" Ed. 75 Out/2009

CROISSANT

Ninguém sabe ao certo, mas a história em que a maioria acredita conta que o pão foi criado por padeiros austríacos, em 1686, na guerra com a Turquia. Na frente de batalha, durante a noite, enquanto trabalhavam, um grupo de padeiros ouviu os turcos cavando um túnel embaixo da cozinha do acampamento para pegar os austríacos de surpresa. O alarme dos padeiros, conseguiu barrar o ataque à capital Budapeste, o que levou à derrota os turcos. Para comemorar a vitória, os padeiros criaram um pão no formato de uma lua crescente (croissant, em francês), que é o desenho estampado na bandeira turca. No início, sua massa era mais pesada, semelhante à de um pão comum. 
Alguns pesquisadores atribuem sua invenção ao comerciante vienense de origem polaca Franz Georg Kolchitsky que vivia em Constantinopla. Esse homem conheceu o café nessa cidade em 1475 e, com cerca de 500 sacas do produto abandonadas pelos Turcos após derrota em batalha, abriu um "café" onde passou a servir a bebida. Aí, para acompanhar o café, inventou esse pão em formato de crescente.
Maria Antonieta (última Rainha da França), nasceu em Viena (Áustria) quando casou com o Luis Augusto de bourbon, futuro Luis XVI, Rei da França, ainda adolescente, levou a iguaria, que era uma das suas preferidas, ao País.
O primeiro relato conhecido data de 1853 em um Livro escrito pelo Francês Anselme Payen.


Fonte: Revista Aventuras na História, Ed. 32 abr/2006 / Wikipédia / Internet 

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

COCA II

Depois da fama como possível desentupidor de pia, a Coca-Cola estréia nova função: pesticida. Agricultores da Índia estão pulverizando o refrigerante na lavoura de algodão. Custa quatro vezes menos que agrotóxicos, e funciona. Especialistas acham que o segredo está no açúcar, atrativo para as formigas que comem as larvas daninhas. Quem optou pela Pepsi garante: Também é tiro e queda.

- Texto extraído da revista "Super Interessante" ed.207 Dez/04